sábado, 21 de março de 2020

Envolvimento GLUFKE's na PANDEMIA e QUARENTENA em 1892 e 2020

1892: Eclode epidemia de cólera em Hamburgo

Em 13 de agosto de 1892 registram-se primeiros casos de cólera asiática, anunciando início de grande epidemia na Alemanha. Saldo final foi de 8.600 vítimas fatais e melhoria de condições higiênicas de Hamburgo.

Hamburgo era uma porta da Alemanha para o mundo. Navios dos mais diferentes países atracavam e zarpavam da metrópole portuária. Na esperança de conseguirem emprego, muitos emigrantes do Leste Europeu desembarcavam na cidade em 1892 e fixavam residência nos bairros pobres. Nas ruas vizinhas ao porto, formavam-se cortiços com precárias condições de higiene – um terreno fértil para todo tipo de doenças. Sob o calor sufocante do verão, no dia 13 de agosto de 1892 morrem três pessoas, com evidentes sintomas de cólera.
Foto disponível na internet dos corpos sendo recolhidos em Hamburgo em 1892

Segundo o professor de História da Medicina da Universidade de Berlim, Peter Schnek, a epidemia de cólera foi causada pela contaminação do Rio Elba com as fezes de imigrantes que haviam montado barraca às suas margens. A empresa responsável pelo abastecimento da cidade teria bombeado água do rio, não-filtrada, na rede de água potável. (Fonte: https://www.dw.com/pt-br/1892-eclode-epidemia-de-c%C3%B3lera-em-hamburgo/a-895988).


Abaixo uma parte de texto retirado do livro “OS GLUFKE NO BRASIL – pequena crônica familiar” de Izabella Kertész, publicado em 1998:

Ernst Carl Glufke, chamado de CARL, nasceu a 13 de março de 1878, em Brokau, arredores de Breslau, na Silésia, Alemanha. Era filho de Gottfried Glufke, nascido em Qualwitz, Kreis Ohlau, e de Rosina Tinzmann Glufke, nascida em Beckern, Kreis Ohlau, na Alemanha. Também estas localidades situam-se nas proximidades de Breslau.
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Pouco se sabe sobre a infância e a juventude de Carl e Elise.
Aos 2 anos de idade, Carl perdeu a mãe; o pai faleceu quando Carl tinha 8 anos.
Carl foi criado por um tio. Quando menino, pensava que a vida na casa do tio era difícil e que este o maltratava, opinião que mudou ao chegar a idade adulta. Aos 14 anos, fugiu de casa e foi para Hamburgo. Lá queria embarcar em algum navio com destino à América. Como não tinha dinheiro para a passagem, pretendia trabalhar no navio durante a travessia.
Enquanto aguardava, irrompeu em Hamburgo uma epidemia de cólera. A cidade ficou em quarentena, não se permitindo a ninguém entrar ou sair dela. A epidemia foi muito intensa e havia poucos recursos para enfrentá-la. Em conseqüência, muitas pessoas morreram às vezes em plena rua. Para sobreviver, Carl juntou-se aos que recolhiam mortos nas casas e nas ruas. Quando nesse trabalho, teve a sorte de ser visto por um carpinteiro que, por achar a atividade inadequada para um rapazinho, o acolheu em sua casa. Carl ficou morando com a família desse senhor, tornou-se aprendi
z de carpinteiro e desistiu da América.

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128 anos depois, nós descendentes de Carl Glufke e o resto do mundo estamos vivenciando esta pandemia do COVID-19 (Coronavirus).

(Obs.: Meus agradecimentos a Liane e Irene Glufke pela sugestão deste post).

2 comentários:

  1. Somos descendentes de uma raça forte, determinada e que luta até o fim. Vamos continuar com esta garra e mostrar a nossos netos, bisnetos que sempre fomos bom de luta.
    Um grande abraço a todos

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  2. Interessante, sobre a infância de Carl sem seus pais. Eu não sabia

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