segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Brasão da Família GLUFKE no Brasil





O BRASÃO DA FAMÍLIA GLUFKE é composto do ESCUDO, com seus símbolos, do ELMO de cavalheiro e dos PAQUIFES, com as cores do escudo.

O BRASÃO compõe a junção de três símbolos:

1º QUARTEL: na parte superior à esquerda, em cor prata (representado pela cor branca), com monograma das letras A R em preto, representa o escudo de Brockau cidade natal do patriarca ERNST KARL GLUFKE. No mesmo quartel, na parte inferior à esquerda, em cor azul, com o símbolo de uma roda em preto, com duas asas em prata, simboliza o antigo emblema dos ferroviários da Alemanha.

2º QUARTEL: à direita, em cor vermelha com um castelo em prata, com um cão de guarda na porta do castelo, representa o escudo de Quedlinburg cidade natal da matriarca ELISE HENRIETTE MARIE BÖTTGER GLUFKE.

3º QUARTEL: nas cores verde e amarelo e de banda ondulada em prata (representado pela cor branca), simbolizam a vinda ao BRASIL em 1909 e o Rio Uruguai com uma balsa em marrom, de bigorna em amarelo, de arado em amarelo e de roda em aros amarelos e contornos pretos.
Da FITA em prata (representado pela cor branca) com detalhe em azul, do NOME GLUFKE em preto.
  
DESCRITIVO COMPLEMENTAR



01 - PRIMEIRO QUADRANTE

O primeiro quadrante à esquerda do escudo da Família Glufke, representa o escudo da cidade de BROCKAU, a terra natal, onde em 13 de março de 1878 nasceu o patriarca ERNST KARL GLUFKE. A cidade fica próxima de BRESLAU, na região da Silésia, e que na época pertenciam à Alemanha. Atualmente essas cidades se chamam BROCHÓW e WROCLAW e pertencem à Polônia, pois a região da Silésia passou a ser território polonês desde o final da 2ª Guerra Mundial.
No escudo de BROCKAU, as letras A e R unidas simbolizam o “DOMKAPITEL”, católico de BRESLAU, ou seja, o colegiado de bispos da catedral dessa cidade, e que também eram os senhores feudais de BROCKAU.
Sobre o fundo azul a representação da roda com duas asas simboliza o antigo emblema dos ferroviários da Alemanha. E durante certo período, BROCKAU foi um importante centro ferroviário da região, especialmente para o transporte de produtos regionais, entre os quais se destacava o sal mineral.
Esse emblema tem um significado especial para o brasão familiar pois quando ERNST KARL GLUFKE nasceu, seu pai GOTTFRIED GLUFKE trabalhava como ferroviário na cidade de Brockau.


02 – SEGUNDO QUADRANTE

O segundo quadrante à direita do escudo da Família Glufke, representa o escudo da cidade de QUEDLINBURG, que fica na região da Saxônia, Alemanha, cidade natal, onde em 28 de janeiro de 1881 nasceu a matriarca ELISE HENRIETTE MARIE BÖTTGER GLUFKE.
No escudo de QUEDLINBURG, a representação significa uma parte dos antigos muros da cidade, mostrando duas torres num dos acessos, e sentado no portão está o cachorro QUEDEL. Várias lendas se referem ao cão como guardião dos portões, e segundo uma delas, durante um dos ataques à cidade, QUEDEL teria acordado os moradores alertando-os da aproximação dos inimigos. Outra lenda conta que ele pertencia à princesa Mathilde, fundadora do “Stifft”, uma fundação leiga para mulheres da nobreza, tendo a cidade recebida esse nome em homenagem ao cachorro.
QUEDLINBURG tem mais de 1000 anos de história, e as abadessas do “Stifft”, governaram a cidade durante séculos, época na qual a cidade foi uma espécie de “Capital do Reino” da Saxônia. A Igreja e o castelo constituem, até hoje, o principal marco de Quedlinburg e ELISE HENRIETTE MARIE BÖTTGER GLUFKE, nasceu em uma casa que ficava a poucos metros dali, sendo que da sua casa via-se os muros e as torres da Igreja. Atualmente QUEDLINBURG reúne um expressivo conjunto de casas em estilo enxaimel do mundo, algumas com mais de seiscentos anos, razão pela qual recebeu o título de “Patrimônio Cultural da Humanidade”.

03 – TERCEIRO QUADRANTE

Representa a vinda de KARL e ELISE GLUFKE, ao Brasil no dia 11 de outubro de 1909. Estabeleceram-se inicialmente em Ijuí e depois em Neu- Württemberg, atual Panambi, onde mantinham uma olaria e ao mesmo tempo dedicavam-se no árduo TRABALHO BRAÇAL DA COLONIA, simbolizado neste quadrante pelo ARADO.
O tempo passou, os filhos cresceram e na busca de uma vida melhor mudaram-se para Porto-Feliz, atual Mondaí, Lajeado, Porto Alegre, Ijuí e outros lugares.
Novas atividades surgiram na vida da Família Glufke, entre elas a FERRARIA, simbolizada pela BIGORNA, colocada no lado esquerdo deste quadrante. Tornou-se uma atividade marcante na vida de Fernando Sörensen, esposo de Frieda Glufke e seguido por seus filhos. A ele se deve as bonitas cruzes e grades de ferro, feitas com muita arte e belíssimo acabamento, que ainda hoje podem ser admiradas nas sepulturas familiares. Também Germano Glufke aos 14 anos foi aprendiz numa ferraria, onde trabalhou até a idade de prestar serviço militar. A ferraria foi também especialidade de outros descendentes da família.
Os VEÍCULOS de Transportes de Cargas e de Passageiros, simbolizados pela RODA, colocada à direita deste quadrante, iniciou na vida familiar de Karl e se estende por várias gerações nos transportes de carga da empresa de Waldemar E.Glufke e descendentes, em Mondai, Cruz-Alta e Carazinho e nos transportes coletivos de Helmuth Glufke, Willy Glufke, Hedwig Glufke Kertész Simoni, Germano Glufke e nos filhos de Herta Glufke Stobäus e Erna Glufke Hinnah e dos respectivos descendentes em várias localidades destacando-se Lajeado e Porto Alegre.
A BANDA ONDULADA PRATA no meio do 3 º quartel, representa o Rio Uruguai, tendo em destaque a figura de uma BALSA, que representou importante atividade para Família Glufke: a exportação de madeira iniciada em 1928, formado pelas famosas balsas de toras, que desciam o rio Uruguai, rumo à Argentina, passando pelo perigoso Salto Yucumã. Nessas temidas e ao mesmo tempo fantásticas viagens, temos a participação dos bravos empreendedores como “madeireiros, lancheiros e balseiros”: Waldemar Ernesto Glufke, Germano Glufke e Willy Glufke.


2 comentários:

  1. Gostei muito da representatividade do escudo, porem não sou conhecedor de brasões e gostaria de saber o significado da armadura e ao redor do escudo em azul e branco.
    Abraço

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    1. Oi Mateus,obrigado por acessar o blog e pelo interesse.
      Entendo pouco sobre brasões, mas sugiro ler sobre a arte heráldica neste site ( http://www.atelierheraldico.com.br/index.htm ) que é o do profissional que fez o brasão GLUFKE. A sim, os dois questionamentos teus referem-se ao ELMO de cavalheiro e dos PAQUIFES.
      Não te localizei na árvore genealógica dos Glufke, mas sei também que ela está desatualizada. Se quiseres mandar teu e-mail, envio o arquivo e aí você me ajuda a atualizar!
      Um abraço
      Gunar

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